Açúcar ou adoçante? Qual a melhor opção?

O que você deve levar em consideração na hora de escolher como adoçar um alimento

Uma das dúvidas que aparecem quando as pessoas que desejam reeducar a alimentação ou perder peso, é a forma de adoçar as refeições. Escolher entre o açúcar ou o adoçante é uma grande dificuldade, principalmente para quem está com o paladar acostumado a apenas um desses tipos.

Segundo pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde, o brasileiro exagera no açúcar. Em média, consome 50% a mais do que deveria. A OMS recomenda um consumo máximo de 50 gramas de açúcar por dia, cerca de 18,2 kg anualmente. O brasileiro, segundo a ABIA (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação), consome 30 kg por ano.

E a maior parte dessa grande quantidade de açúcar vem dos produtos industrializados. Segundo a nutricionista da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Sizele Rodrigues, as pessoas estão consumindo mais alimentos industrializados e, por este motivo, consomem mais açúcar. “Esses produtos contêm muito açúcar mascarado, e é aí que está o perigo, as pessoas não conseguem notar o quanto estão ingerindo”, disse Sizele.

No entanto, a nutricionista explica que o consumo dos adoçantes também deve ser feito de uma maneira controlada. Para que eles não tragam riscos à saúde, é preciso conhecer seus limites de consumo diário e não ultrapassá-los.

“Os limites são diferentes de substância para substância, visto que nós temos uma série de adoçantes hoje no mercado. Existem os naturais, os artificiais e cada um deles tem uma recomendação diária que não deve ser ultrapassada”, disse a nutricionista.

Ambos os tipos de adoçantes possuem pós e contras, por isso, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), preparou algumas dicas para ajudar a entender a diferença entre eles e para que você tenha mais fundamentos na hora de escolher qual é o melhor no seu caso:

Açúcar refinado

Segundo a nutricionista Sizele, devido ao seu fácil acesso, ao menor preço e também por ser o mais utilizado pela indústria, o refinado é o tipo de açúcar mais consumido no Brasil. Porém, não é a melhor escolha. Ele perde mais de 90% de seus nutrientes no processo de refinamento e contém substâncias químicas para que fique branco e fino. O consumo excessivo de açúcar refinado pode causar hiperatividade, inflamações, acne, lipogênese (acúmulo de gordura corporal) e risco de desenvolvimento de diabetes.

Açúcar cristal

Não existe tanta diferença entre o cristal e o refinado. Apesar de possuir um pouco menos de aditivos químicos, ele também perde praticamente todos os seus nutrientes no processo de produção.

Açúcar mascavo

Mais nutritivo que os outros, o açúcar mascavo não passa pelo processo de branqueamento, cristalização e refino e ainda possui um grande teor de melaço. Nele é possível encontrar uma alta quantidade de cálcio e ferro.

Açúcar demerara

Um tipo de açúcar mais artesanal, com valores nutricionais similares aos do mascavo, o demerara passa por um leve processo de refinamento, porém não recebe nenhum aditivo químico.

Açúcares orgânicos

Com grãos mais grossos e mais escuros que o que forma o açúcar refinado, o orgânico é parecido com o mascavo. Mas, por não utilizar agrotóxicos ou produtos químicos em nenhuma das etapas de sua produção, consegue reter os nutrientes da cana.

Açúcar light

Ele tem um alto poder adoçante por ser uma combinação do açúcar refinado comum com adoçantes artificiais. Devido a sua menor quantidade de açúcar pode ser uma boa opção para quem não consegue se adaptar ao gosto dos adoçantes. Apesar de alguns açúcares serem mais nutritivos, a nutricionista Sizele faz um alerta: “Ser mais nutritivo não significa que eles sejam menos calóricos. O ideal é tomar cuidado também com o consumo desses outros tipos”, esclareceu.

Adoçantes

Compostos por edulcorantes, essas substâncias apresentam um poder adoçante muito superior ao da sacarose (açúcar refinado) e, por isso, devem ser utilizadas em quantidades bem menores. Existem dois tipos de edulcorantes, os naturais (frutose, sorbitol, manitol e steviosídeo) e os artificiais (aspartame, ciclamato, sacarina, acessulfame-K, srucralose).

De acordo com a nutricionista o uso de adoçantes artificiais é uma boa alternativa para quem quer perder peso ou para os diabéticos, que não podem consumir açúcar em excesso o que elevaria demais o nível de glicose deles.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD), cerca de 35% da população em geral consomem algum tipo de produto dietético. E o campeão de consumo neste caso é o refrigerante zero.

Mas a ingestão desse tipo de alimento também deve ser feito com moderação. Segundo a nutricionista Sizele, no caso do refrigerante, deve-se tomar cuidado devido à alta quantidade de sódio encontrada na bebida. Já em outros alimentos, o problema não é apenas a quantidade de sódio.

“Às vezes, eles tiram o açúcar e, para preservar consistência e melhorar sabor, eles acabam acrescentando mais gordura ao alimento. Então as vezes um \’alimento diet\’, que não tem açúcar, acaba tendo mais gordura do que um alimento normal”, explica.

Sizele também explica que existem algumas coisas que devem ser consideradas na hora de escolher qual é o melhor tipo de adoçante. “Existe muita diferença do sabor residual de cada tipo de adoçante. Então, recomendamos que seja levado em conta a sua preferência em relação ao paladar e também o limite diário de cada um deles, para que não seja ultrapassado”.

Fonte: www.epocanegocios.globo.com

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