Toda criança de 1 a menos de 5 anos deve se vacinar contra sarampo e pólio
Até os pequenos nessa faixa etária que já receberam suas doses contra poliomielite e sarampo devem a participar da campanha em 2018
A partir do da segunda-feira, dia 6 de agosto, a Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e Sarampo dá sua largada no Brasil inteiro. E, sim, todas as crianças de 1 a menos de 5 anos estão convidadas a irem aos postos de saúde para receber as vacinas contra essas infecções, mesmo se já tiverem tomado suas doses anteriormente.
Frente aos surtos de sarampo e ao risco de reintrodução da pólio (paralisia infantil), a campanha de 2018 é indiscriminada nessa faixa etária. Ou seja, pretende atingir os pequenos que ainda não se imunizaram, os que precisam completar o esquema e até os que cumpriram a recomendação do Ministério da Saúde no passado.
Nesse último caso, a ideia é aplicar um reforço, que minimiza o risco de falha vacinal – quando as injeções por algum motivo não estimulam a produção de anticorpos contra essas enfermidades. Isso é incomum em quem cumpre o número de doses preconizadas, porém pode ocorrer.
No caso da poliomielite, crianças que não tomaram nenhuma dose ao longo da vida receberão a vacina inativada (a VIP, que é injetável) durante a campanha. As que já passaram por uma ou mais doses terão à disposição a versão oral do imunizante (a VOP, que ficou famosa com o Zé Gotinha). Para saber mais sobre elas, clique aqui.
E, para o sarampo, todas devem tomar uma dose da vacina tríplice viral (que também protege contra caxumba e rubéola). Isso desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.
A meta do governo federal é imunizar 11,2 milhões de crianças e atingir o marco de 95% de cobertura nessa faixa etária, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Dia D da campanha nacional foi agendado para o dia 18, um sábado – ela segue até o 31 de agosto.
Queda nas coberturas… e aumento no número de casos de sarampo
Doenças já erradicadas no Brasil voltaram a ser motivo de preocupação entre autoridades sanitárias e profissionais de saúde. Baixas coberturas vacinais, de acordo com o próprio ministério, acendem “uma luz vermelha” no país.
Até o momento, o governo federal contabiliza 822 casos confirmados de sarampo – sendo 519 no Amazonas e 272 em Roraima. Ambos os estados têm mais 3 831 pacientes em investigação. Infecções isoladas pelo vírus da doença foram confirmados em São Paulo (1), Rio de Janeiro (14), Rio Grande do Sul (13), Rondônia (1) e Pará (2).
Em junho, países do Mercosul fizeram um acordo para evitar a reintrodução de doenças já eliminadas na região das Américas, incluindo o sarampo, a poliomielite e a rubéola. Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile se comprometeram a reforçar ações de saúde nas fronteiras e a fornecer assistência aos imigrantes numa tentativa de manter baixa a transmissão de casos. Dados do governo federal mostram que 312 municípios brasileiros estão com cobertura vacinal contra pólio abaixo de 50%.
Fonte: https://saude.abril.com.br
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