No parque aquático ou na praia: os maiores perigos dos passeios de verão

Saiba que precauções tomar para evitar acidentes e como agir em caso de imprevistos

Passeios de verão em família devem ser motivo de alegria, diversão e construção de lindas memórias. Mas tudo isso pode ficar em segundo plano se não houver atenção aos perigos que idas a parques aquáticos e praias podem reservar.

Para que você fique atenta ao que é necessário e saiba como agir em caso de emergência, conversamos com os especialistas Bruno Pereira (cirurgião do trauma, urgência e emergência, diretor da SBAIT – Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado – e CEO do Grupo Surgical) e Nelson Douglas Ejzenbaum (pediatra e neonatologista, membro das Sociedades Brasileira e Americana de Pediatria) sobre os principais perigos e precauções a serem tomados nessas situações.

Perigos em parques aquáticos

Embora sejam ambientes controlados, é importante verificar alguns pontos na infraestrutura de parques aquáticos antes de se soltar para a diversão.

– Falta de itens de segurança

Parques aquáticos precisam ter salva-vidas treinados e desfibriladores externos automáticos (indicados pela sigla DEA em painéis fechados) distribuídos pelo parque em zonas de fácil visualização e alcance. Isto é o básico, o mínimo mesmo. Se não tiver, é melhor vocês não frequentarem este ambiente.

– Falta de controle nos brinquedos

Por uma questão de segurança, todos os brinquedos têm capacidades máximas para serem usados (por exemplo: quatro pessoas por boia para descer um toboágua), assim como alturas e idades mínimas. Alguns parques não respeitam isso, deixando os frequentadores “decidirem” como usarão os brinquedos (mesmo que isso signifique perigo para todos). Não arrisque sua família em lugares assim.

– Afogamento

Piscinas rasas são para crianças, mas elas nunca devem ficar desassistidas quando estiverem na água. Fiquem por perto, de olho em seus filhos, que devem usar boias na cintura ou nos braços, mesmo que saibam nadar. Outro ponto a ficar atenta nas piscinas de parques aquáticos é a proteção dos ralos: se não houver uma grade sobre cada ralo, fique muito longe dessa piscina, pois não é raro pessoas serem “sugadas” para eles pelos cabelos, pelos braços ou pelas pernas. E denuncie essa falta de segurança!

– Insolação e queimaduras de pele

A exposição prolongada ao sol pode causar insolação e queimaduras de pele, além de elevar o risco de câncer de pele. Usem protetor solar, que deve ser reaplicado a cada duas horas ou sempre depois de um mergulho na água (mesmo que a aplicação mais recente tenha sido 5 minutos antes). E chapéus para proteger a cabeça e o rosto.

– Adultos embriagados

Infelizmente, muitas pessoas não controlam o consumo de bebida alcoólica em ambientes familiares de diversão, colocando em risco a segurança de todos que estão por ali. Quando notar que alguém por perto está embriagado, afaste-se: suas crianças e mesmo você podem correr o risco de serem atingidas por objetos que essa pessoa não conseguir segurar, de levarem empurrões, entre outras ocorrências inconvenientes.

– Aglomeração de pessoas

Se o dia estiver muito maravilhoso e for fim de semana, as chances de o parque aquático estar lotado são enormes. Esteja sempre junto de suas crianças e coloque nelas plaquinhas de identificação com nome (delas) e telefone (seu ou de outro adulto que estiver com vocês).

– Falta de abrigos seguros para chuva

No verão, as chuvas chegam de repente, são fortes e acompanhadas de raios e trovões. E é nestes dois últimos que mora o perigo. O parque aquático precisa ter um abrigo coberto seguro e para-raios. Caso contrário, vá embora imediatamente quando começar a chover.

– Falta de enfermaria

Todo parque aquático precisa ter uma enfermaria para atender os frequentadores em casos de pequenas emergências. Verifique, antes de ir ao local, se ele oferece esse mínimo de atendimento.

Perigos nas praias

Diferentemente dos parques aquáticos, as praias são ambientes abertos, livres e em que cada um deve ter o controle de sua própria segurança – apesar de normalmente haver salva-vidas cobrindo algumas distâncias. Esteja atenta aos seguintes pontos.

– Criança se perder na areia

Como as praias estão sempre cheias no verão, pode acontecer de seu filho ir pegar um sorvete, por exemplo, e não conseguir encontrar o caminho de volta para o guarda-sol da família. Claro que, em um mundo ideal, ele estaria acompanhado por um adulto, mas sabemos que nem sempre é assim. E que as crianças conseguem se perder dando um único passo na direção errada. Por isso, coloque nelas plaquinhas de identificação com nome (delas) e telefone (seu ou de outro adulto que estiver com vocês).

– Quedas na areia

O chão da praia é cheio de altos e baixos, devido à passagem de centenas de pessoas pelas areias. Em caso de queda, mantenha a calma e verifique o que aconteceu. Se houver corte, limpe a área com água e sabão e a cubra. Se o caso for de batida, é bom verificar a gravidade dela: inchaços e dores agudas requerem uma ida ao pronto-socorro para verificar, por raio-x, se houve fratura, trincamento ou luxação.

– Afogamento

A água do mar é bem mais “viva” que a da piscina e deve ser respeitada. Crianças nunca devem ir para a parte mais funda e, mesmo no raso, precisam estar com boias na cintura ou nos braços. E, claro, sempre deve haver um adulto supervisionando o que elas estiverem fazendo.

– Desidratação

Manter a hidratação é essencial. Bebam água o dia todo e comam frutas ricas em líquidos, como melancia, laranja, mamão e melão.

– Insolação e queimaduras de pele

Assim como nos parques aquáticos, a exposição prolongada ao sol nas praias pode causar insolação e queimaduras de pele, além de elevar o risco de câncer de pele. Usem protetor solar, que deve ser reaplicado a cada duas horas ou sempre depois de um mergulho na água (mesmo que a aplicação mais recente tenha sido 5 minutos antes). E chapéus para proteger a cabeça e o rosto.

– Falta de kit de primeiros socorros

Na praia não há enfermaria, então cada família deve ter seu kit de primeiros socorros. Os itens indispensáveis são: medicação para febre, medicação para vômito, soro para reidratação oral, pomada para queimadura, protetor solar e repelente. Medicamentos mais específicos devem ser indicados pelo médico.

Fonte: https://mdemulher.abril.com.br

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